Os juros cobrados pelos bancos no Brasil atingiram a média de 46,7% ao ano, o maior patamar registrado nos últimos oito anos, segundo dados recentes do setor financeiro. O índice reflete principalmente o aumento das taxas em operações como crédito pessoal, rotativo do cartão e cheque especial, modalidades amplamente utilizadas pela população.
O avanço das taxas ocorre mesmo em um cenário de discursos oficiais sobre estímulo ao crédito e crescimento econômico. Na prática, consumidores seguem enfrentando encargos elevados, que dificultam o pagamento de dívidas e ampliam o endividamento das famílias brasileiras.
Especialistas apontam que fatores como inadimplência, custo de captação e spreads bancários elevados contribuem para a manutenção dos juros em níveis considerados abusivos. Críticos do sistema financeiro afirmam que o resultado é uma verdadeira “farra dos bancos”, que continuam registrando lucros bilionários enquanto o consumidor paga a conta.
O cenário reacende o debate sobre a necessidade de maior concorrência no setor bancário e de políticas mais efetivas para reduzir o custo do crédito no país.







