A revogação da Lei Magnitsky em relação ao ministro Alexandre de Moraes passou a ser tratada por críticos como parte de um acordo muito maior — e mais custoso para o Brasil. Segundo essa narrativa, o país teria cedido aos interesses dos Estados Unidos para aliviar pressões internacionais, colocando em jogo ativos estratégicos nacionais.
Entre os principais pontos levantados está a suposta entrega ou facilitação do acesso dos EUA às chamadas terras raras, um grupo de minerais estratégicos essenciais para a indústria de tecnologia, defesa, carros elétricos, energia limpa e equipamentos militares. O Brasil possui uma das maiores reservas do mundo, o que torna o tema altamente sensível do ponto de vista da soberania nacional.
Críticos afirmam que, ao permitir maior influência estrangeira nesse setor, o Brasil teria aberto mão de uma vantagem estratégica em troca de proteção política. As terras raras são consideradas fundamentais na disputa geopolítica global, especialmente entre Estados Unidos e China, e seu controle é visto como peça-chave no poder econômico e militar das grandes potências.
Além disso, essa leitura aponta que a aproximação com os EUA teria ocorrido justamente no momento em que Alexandre de Moraes enfrentava críticas e pressões externas. Para opositores, o discurso oficial de cooperação diplomática não explica o suposto alinhamento automático a interesses estrangeiros.
O governo nega qualquer negociação envolvendo troca de soberania por proteção institucional. Ainda assim, a falta de transparência alimenta desconfiança e fortalece a acusação que circula nas redes e nos bastidores políticos: para blindar Moraes, o Brasil teria pago um preço alto demais.







