No sábado, 6 de dezembro de 2025, moradores de um condomínio residencial de alto padrão no bairro Jardim Goiás, em Goiânia, flagraram o advogado e assessor parlamentar Camilo Bueno Rodovalho, lotado no gabinete do deputado estadual Mauro Rubem (PT), realizando um ato obsceno à vista da janela de seu apartamento. A cena foi visível para diversos moradores, incluindo crianças e adolescentes, gerando indignação e preocupação na vizinhança.
A repercussão foi imediata. Moradores registraram fotos e vídeos, entregues à Polícia Civil de Goiás, que iniciou investigação preliminar para apurar o caso como ato obsceno, crime previsto no Código Penal por comportamento que atenta contra a moral e o pudor público. O assessor foi afastado temporariamente de suas funções, enquanto a nota oficial do deputado informou que ele vinha sendo acompanhado por tratamento psiquiátrico.
Rodovalho admitiu ter realizado o ato e tentou justificar seu comportamento como resultado de uma crise de mania ligada a problemas psiquiátricos. Ele alegou que estava em espaço privado e que a divulgação das imagens seria uma invasão de privacidade, mas testemunhas afirmam que ele estava próximo à janela, visível para o condomínio. Até então, não havia registro público de condutas incompatíveis com seu cargo, mas a situação reacendeu o debate sobre decoro e responsabilidade de servidores públicos.
Embora o ato tenha ocorrido dentro da residência, o fato de ter sido visível para moradores, incluindo crianças, transforma a conduta em um problema de interesse público. A investigação buscará determinar se houve lesão ao pudor coletivo, enquanto o gabinete do deputado decidirá se o afastamento do assessor será definitivo ou se haverá outra sanção administrativa. O caso também provocou discussões sobre a necessidade de acompanhamento de pessoas em cargos de confiança e sobre questões de saúde mental, decoro e transparência no serviço público.







