Um homem foi ao supermercado e, para sua surpresa — e indignação — gastou R$ 4.500 em compras consideradas “básicas”. Ao ver o valor do recibo, desabafou: “este país já era”. A frase reflete um sentimento cada vez mais comum entre os brasileiros, que enfrentam a alta constante dos preços e o enfraquecimento do poder de compra. Mesmo com índices oficiais mostrando certa estabilidade, quem faz compras no dia a dia sente no bolso que o custo de vida continua subindo.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,17% nos últimos 12 meses até setembro de 2025. Dentro desse índice, o grupo “Alimentação e Bebidas” teve aumento de 6,61% no mesmo período, mostrando que os alimentos continuam entre os principais responsáveis pela inflação. Em alguns meses, houve pequenas quedas pontuais em itens como batata, cebola e arroz, mas esses recuos não foram suficientes para compensar o aumento acumulado dos últimos anos.
Especialistas apontam que o impacto da inflação alimentar é ainda mais pesado para as famílias de renda baixa. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nas famílias que ganham até dois salários mínimos, os gastos com comida podem representar mais de 60% da renda mensal. Isso significa que qualquer aumento no preço dos alimentos básicos, como feijão, carne e leite, causa desequilíbrio imediato no orçamento e obriga muitos brasileiros a reduzirem o consumo ou trocarem marcas por opções mais baratas.
Diante desse cenário, o desabafo do homem que pagou R$ 4.500 por compras básicas resume a indignação de milhões de consumidores que veem o supermercado se transformar em um dos maiores vilões do mês. E você, também tem sentido o peso dos preços no bolso? Deixe seu comentário e conte se as compras do mês estão ficando mais caras na sua casa.







