O advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Martin de Luca, manifestou apoio ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e fez críticas contundentes a órgãos brasileiros ao comentar a megaoperação policial que resultou em mais de 120 mortos na última terça-feira (28). Em publicação nas redes sociais, Luca afirmou que tribunais como o STF e o TSE estariam “premiando a inércia” e punindo aqueles que enfrentam o crime organizado.

A declaração surge logo após Castro liderar a maior operação contra o Comando Vermelho, grupo que os EUA avaliam classificar como organização terrorista estrangeira. Segundo Luca, a atuação das cortes brasileiras estaria inibindo a coragem de autoridades e dificultando a repressão ao narcotráfico.
O momento é delicado: o TSE marcou para 4 de novembro o julgamento que pode tornar Castro inelegível, processo que corre desde 2022 por suposto abuso de poder político e econômico. Paralelamente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o governador preste esclarecimentos sobre a operação, atendendo a pedidos do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
A megaoperação envolveu cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar, resultando em 121 mortes e mais de 100 prisões, segundo balanços oficiais. Enquanto autoridades do estado consideram a ação um golpe significativo à estrutura do Comando Vermelho, organizações de direitos humanos e parte da sociedade pedem investigações sobre a letalidade e a conduta policial.
O embate de declarações entre um advogado ligado à presidência dos EUA e instituições brasileiras aumenta a tensão política, colocando o governador no centro de investigações, revisões judiciais e debates públicos sobre estratégias, limites e responsabilidades do Estado no combate ao crime organizado.







