Os Correios enfrentam uma grave crise financeira e admitiram, pela primeira vez de forma explícita, a possibilidade de não conseguir pagar o 13º salário dos funcionários. A declaração foi feita pelo superintendente da estatal durante uma reunião no Tribunal Superior do Trabalho (TST), causando forte preocupação entre trabalhadores e sindicatos.
Segundo o representante da empresa, a situação do caixa é crítica e não há, neste momento, recursos garantidos para cumprir o pagamento do benefício obrigatório. A afirmação escancara o desequilíbrio financeiro da estatal, que já vem acumulando prejuízos, queda de receita e dificuldades operacionais nos últimos anos.
Sindicatos reagiram com indignação, afirmando que o 13º salário não é um bônus, mas um direito assegurado por lei. Para as entidades, a fala da direção demonstra falta de planejamento e gestão, além de transferir para os trabalhadores o peso de problemas estruturais da empresa.
O caso também reacende o debate sobre a situação das estatais brasileiras, a interferência política na administração e os riscos de má gestão. Parlamentares já cobram explicações do governo federal e medidas urgentes para evitar o que seria um colapso histórico na empresa.
Até o momento, os Correios não apresentaram um plano concreto para garantir o pagamento do 13º, o que mantém funcionários em clima de incerteza às vésperas do fim do ano.






