Com cerca de 9 meses até as eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem adotado um discurso de extrema confiança, afirmando que é “muito difícil” que alguém consiga derrotá-lo no próximo pleito — postura que nos bastidores tem sido interpretada como a sensação de que “já ganhou”.
Ao mesmo tempo, Lula e seu círculo político trabalham em uma estratégia voltada para atrair eleitores tradicionalmente alinhados à direita, especialmente no estado do Rio de Janeiro. A ideia apontada por analistas é montar dois palanques regionais — um na capital e outro na Baixada e interior — para tentar “roubar votos da direita” e ampliar o alcance eleitoral do presidente em um dos estados onde o bolsonarismo historicamente teve grande força.
A movimentação ocorre em meio à avaliação do próprio governo de que sua gestão teria resultados suficientes para garantir sua reeleição. Lula tem afirmado que o país vive um momento “muito bom” e que apenas um erro do próprio governo poderia abrir espaço para adversários.
Nos bastidores, porém, o clima é diferente. A oposição acredita que a disputa está longe de ser definida e lembra que pesquisas recentes mostram crescimento de nomes do campo conservador e de candidatos de centro-direita. O eleitorado fluminense, em particular, segue visto como estratégico e difícil de ser conquistado.
A fala de que “já ganhou” divide opiniões:
— Para aliados, Lula transmite confiança e força política;
— Para críticos, é um gesto de soberba que ignora a imprevisibilidade da disputa e o desgaste natural do governo.
Entre os eleitores, cresce a percepção de que a corrida será acirrada, especialmente porque tanto governo quanto oposição já começam a medir força em busca dos votos que podem decidir a eleição — inclusive os da direita, que se tornaram prioridade nas estratégias do presidente no Rio de Janeiro.







