O governo da Bulgária anunciou sua renúncia após uma intensa onda de protestos que tomou as ruas do país nas últimas semanas, impulsionada principalmente pela Geração Z. Jovens entre 18 e 25 anos organizaram manifestações em massa contra corrupção, custo de vida elevado, falta de oportunidades e desconfiança nas instituições políticas.
Os protestos começaram de forma espontânea nas redes sociais e rapidamente se espalharam pelas principais cidades, como Sófia, Plovdiv e Varna. Com discursos diretos e rejeição aos partidos tradicionais, os manifestantes exigiam mudanças profundas no sistema político e econômico do país.
A pressão popular aumentou após denúncias de favorecimento político e decisões econômicas consideradas prejudiciais aos jovens, que enfrentam salários baixos, desemprego e dificuldades para acesso à moradia. A Geração Z passou a simbolizar um cansaço coletivo com governos instáveis e promessas não cumpridas.
Diante da escalada das manifestações e da perda de apoio no Parlamento, o primeiro-ministro anunciou a renúncia do gabinete, reconhecendo a incapacidade de manter a governabilidade diante da crise social.
Analistas avaliam que a queda do governo búlgaro reflete uma tendência mais ampla na Europa Oriental, onde jovens eleitores têm se mobilizado contra elites políticas tradicionais, usando protestos de rua e redes digitais como ferramentas de pressão.
Agora, o país entra em um período de transição política, com a expectativa de novas eleições. Para a Geração Z, a renúncia é vista como uma vitória simbólica — mas o desafio permanece: transformar protesto em mudança estrutural duradoura.







