Pilotos e comissários de voo de companhias aéreas brasileiras anunciaram um estado de greve que pode evoluir para uma paralisação efetiva às vésperas do Ano‑Novo, em um dos períodos de maior movimento nos aeroportos do país. A mobilização foi confirmada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) após a categoria rejeitar as propostas de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) apresentadas pelas empresas aéreas e mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A assembleia geral convocada pelo sindicato está marcada para segunda‑feira, 29 de dezembro, na sede do SNA em São Paulo, onde os profissionais decidirão se aprovam ou não a paralisação das atividades. Até lá, pilotos e comissários continuam trabalhando normalmente, mas permanecem mobilizados.
O estado de greve decorre da rejeição das propostas patronais por considerarem que não atendem às principais reivindicações da categoria, que envolvem melhores condições de trabalho, reajustes salariais e benefícios, entre outros pontos como repouso adequado e remuneração de horas extras.
Caso a greve seja aprovada, ela poderá ser deflagrada após o prazo legal mínimo entre a decisão da assembleia e o início efetivo da paralisação, o que pode impactar voos, atrasos e cancelamentos no período do Réveillon, justamente quando a demanda por transporte aéreo é mais alta no Brasil.
O TST realizou uma reunião de mediação emergencial para tentar um acordo de última hora, mas até o momento não há confirmação de avanços nas negociações.







