No Ceará, o presidente Lula reforçou um discurso firme contra a violência doméstica ao declarar que “quem bate em mulher não precisa votar no Lula”. Durante o evento, o presidente enfatizou que a agressão contra mulheres é uma vergonha nacional e afirmou que os homens precisam aprender a encerrar relacionamentos sem violência, destacando ainda que foi em seu governo que a Lei Maria da Penha se tornou realidade.
A fala de Lula, porém, esbarra em uma polêmica que ganhou repercussão nacional: seu filho caçula, Luís Cláudio Lula da Silva, foi acusado pela ex-companheira de agressões físicas e psicológicas ocorridas no ano passado. Segundo o relato registrado pela vítima, ela teria levado uma cotovelada na barriga durante uma discussão e sofrido humilhações constantes, xingamentos e episódios que a levaram a crises de ansiedade e afastamento do trabalho.
A Justiça determinou que Luís Cláudio se afastasse da mulher, deixasse o apartamento onde viviam e mantivesse distância mínima dela enquanto o caso é analisado. A defesa dele negou todas as acusações, classificando-as como fantasiosas e afirmando que tomaria medidas legais contra a ex-companheira. Ainda assim, o episódio gerou forte repercussão e colocou o discurso de Lula em xeque.
A contradição entre a fala pública de combate à violência doméstica e as acusações envolvendo seu próprio filho reacenderam críticas e questionamentos sobre coerência política e responsabilidade familiar. Mesmo tentando manter o foco na proteção às mulheres, a situação ampliou o debate sobre como figuras públicas devem lidar com violências praticadas dentro de suas próprias casas.







