As principais estatais federais brasileiras enfrentam um dos piores cenários financeiros dos últimos anos. Até outubro, o conjunto das empresas públicas não dependentes do Tesouro acumulou um prejuízo de R$ 6,35 bilhões, número que se aproxima do maior rombo já registrado na série histórica iniciada em 2002.
Correios puxam o rombo bilionário
O maior responsável pelo déficit é a situação crítica dos Correios, que atravessam sucessivas perdas operacionais e já se tornaram o principal peso negativo nas contas das estatais em 2025. O desempenho da empresa postal tem sido tão ruim que, sozinho, pressiona o resultado fiscal de todo o grupo de estatais federais.
Outras estatais também no vermelho
Além dos Correios, outras estatais importantes contribuem para o prejuízo, como Infraero, Casa da Moeda, Dataprev e Serpro. Todas elas apresentam resultados negativos e ampliam o rombo consolidado.
É importante destacar que essa conta não inclui gigantes como Petrobras, Eletrobras ou os bancos públicos — empresas que, individualmente, apresentam lucros significativos — mas sim as estatais cujo resultado fiscal afeta diretamente a dívida líquida do governo.
Rombo de 2025 pode superar recorde histórico
O valor acumulado até outubro já se aproxima do resultado negativo de 2024, que foi de cerca de R$ 6,7 bilhões — o pior da história. Se o ritmo atual continuar, 2025 pode se tornar o ano com o maior prejuízo de estatais federais já registrado.
Impacto imediato nas contas do governo
O déficit das estatais levou o governo federal a bloquear aproximadamente R$ 3 bilhões em despesas para tentar impedir que o rombo afete ainda mais as metas fiscais. O Ministério da Fazenda afirma que acompanha “com atenção” a deterioração dos indicadores e busca medidas para evitar que a situação se agrave.






