O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Adroaldo Portal, foi preso na manhã desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo descontos associativos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Considerado o número 2 da Previdência, Adroaldo Portal foi afastado do cargo e teve a prisão convertida em prisão domiciliar, além de ficar sujeito a outras medidas cautelares, como restrições de contato com investigados e acesso a sistemas públicos. As decisões foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação desta quinta-feira cumpriu 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão e diversas medidas judiciais em estados como São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão. A investigação aponta a atuação de uma organização criminosa estruturada para aplicar golpes em larga escala dentro do sistema previdenciário.
Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia inserção de dados falsos em sistemas oficiais, cobrança irregular de mensalidades associativas sem autorização dos beneficiários e desvio de recursos públicos, causando prejuízos bilionários ao INSS. O valor estimado da fraude chega a R$ 6,3 bilhões, referente a descontos indevidos aplicados entre 2019 e 2024.
Esta é a nona fase da Operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril de 2025, e aprofunda a apuração sobre a participação de agentes públicos e intermediários privados. O caso aumenta a pressão política sobre o governo Lula, ao atingir diretamente a cúpula do Ministério da Previdência.






