O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou que “nem na ditadura militar se via tanto abuso” ao criticar o que considera excessos institucionais no Brasil atual. A declaração gerou forte repercussão e reacendeu o debate sobre os limites da atuação do Judiciário e o equilíbrio entre os Poderes.
Marco Aurélio, que integrou o STF por mais de três décadas, é conhecido por defender de forma rigorosa o devido processo legal, a ampla defesa e o respeito às garantias constitucionais. Segundo ele, decisões recentes e a concentração de poder em determinadas instâncias representam riscos ao Estado Democrático de Direito.
Ao comparar o cenário atual com o período da ditadura militar, o ex-ministro afirmou que sua fala não minimiza os abusos cometidos entre 1964 e 1985, mas busca alertar para o que classifica como avanço de práticas autoritárias mesmo dentro de um regime formalmente democrático.
As declarações dividiram opiniões. Enquanto críticos consideram a comparação exagerada e inadequada, apoiadores veem na fala um alerta sobre possíveis abusos de autoridade e sobre a necessidade de limites claros à atuação das instituições.
O episódio reforça a polarização em torno do papel do Supremo Tribunal Federal e mantém em evidência o debate sobre democracia, liberdades individuais e separação de poderes no país.






