Dados divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que, em 2025, mais de 80% das decisões da Corte foram monocráticas, ou seja, tomadas individualmente por ministros, sem análise do plenário completo ou das turmas.
É importante esclarecer que isso não significa que um único ministro decidiu 80% de todos os processos do STF. O que os números indicam é que a maioria das decisões foi individual, conforme previsto no regimento da Corte.
Dentro desse cenário, o ministro Alexandre de Moraes foi aquele que mais proferiu decisões monocráticas ao longo do ano, liderando o ranking individual entre os ministros, segundo o balanço oficial apresentado pelo tribunal.
Ao todo, o STF proferiu cerca de 116 mil decisões em 2025. Aproximadamente 80,5% foram decisões individuais, enquanto apenas 19,5% foram colegiadas, com participação de mais de um ministro.
As decisões monocráticas costumam ser utilizadas em casos considerados urgentes ou em processos com entendimento já consolidado. Ainda assim, o volume elevado desse tipo de decisão e a concentração de julgamentos individuais reacenderam discussões sobre a centralização de poder no Supremo e o equilíbrio entre celeridade processual e deliberação colegiada.
Em 2025, o STF também recebeu mais de 85 mil novos processos, consolidando um modelo de atuação marcado pela rapidez, mas que segue sendo alvo de questionamentos no meio político e institucional.







