Influenciadores digitais sem formação técnica específica podem ser impedidos de abordar temas como saúde, medicina e finanças nas redes sociais. A possibilidade surge a partir de projetos em debate no Congresso Nacional que buscam ampliar a responsabilização por conteúdos considerados sensíveis ou potencialmente prejudiciais à população.
A discussão está ligada ao PL 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, que estabelece regras mais rígidas para a divulgação de informações nas plataformas digitais. Embora o texto não cite diretamente influenciadores, especialistas alertam que a interpretação da lei pode atingir criadores de conteúdo que tratam de assuntos técnicos sem comprovação profissional.
Defensores da proposta argumentam que a medida é necessária para combater a desinformação, especialmente em áreas que envolvem riscos à saúde e ao patrimônio financeiro das pessoas. Conselhos profissionais sustentam que orientações nesses campos devem partir apenas de especialistas habilitados.
Por outro lado, críticos veem risco de censura e restrição à liberdade de expressão. Eles afirmam que a norma pode punir opiniões, experiências pessoais e conteúdos educativos, criando um ambiente de insegurança jurídica para influenciadores e usuários das redes sociais.






