A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi agredida por outras detentas enquanto cumpre pena na Itália. Zambelli sofreu ataques físicos em pelo menos duas ocasiões, o que levou à sua transferência de cela para um andar superior para preservar sua integridade física.
A ex-parlamentar cumpre pena por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está detida aguardando o andamento do processo de extradição ao Brasil.
Nos últimos dias, perfis de esquerda e ativistas que frequentemente postam pautas em defesa das mulheres contra a violência de gênero foram vistos expressando reações de satisfação ou comemoração pela agressão sofrida por Zambelli. Em diversas plataformas, usuários reagiram com ironia e mensagens ofensivas.
Críticos apontam uma contradição evidente: enquanto setores progressistas clamam por proteção e combate à violência contra mulheres, reagem com alívio quando uma mulher — ainda que politicamente oposta — é vítima de agressão física. Tal postura é classificada como hipócrita, pois normaliza ou relativiza a violência quando a vítima é vista como “inimiga política”.
Apesar da insatisfação política com Zambelli, muitos reforçam que a defesa dos direitos humanos e da integridade física de qualquer pessoa — independentemente de gênero ou posição política — deveria ser universal.
O caso também evidencia os riscos enfrentados por detentos no exterior, especialmente em unidades penitenciárias com rotatividade de internas e cultura de violência.







