Trabalhadores do Sistema Petrobras aprovaram, nesta quarta-feira (10), a deflagração de uma greve nacional a partir da zero hora de segunda-feira (15), após considerarem insuficiente a contraproposta apresentada pela estatal para o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
De acordo com a entidade, a proposta entregue pela Petrobras na terça-feira (9) não avançou nos principais pontos de negociação, especialmente na solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que têm impacto direto na renda de aposentados e pensionistas.
Principais pontos de discordância
Os trabalhadores reivindicam:
Melhorias no plano de cargos e salários, com recomposição justa e sem travas de ajuste fiscal; Garantias contratuais e benefícios adicionais, considerados essenciais para a categoria; Avanços em pautas estratégicas relacionadas ao projeto chamado “Brasil Soberano”, que defende o fortalecimento da Petrobras como empresa pública.
Com a rejeição da proposta, os sindicatos deverão notificar oficialmente a Petrobras sobre a paralisação até sexta-feira (12), seguindo o prazo legal antes do início da greve.
Resposta da Petrobras
Em nota, a Petrobras afirmou manter um canal de diálogo constante com as representações dos trabalhadores e destacou que apresentou melhorias significativas na última rodada de negociações. A estatal diz esperar um acordo firmado na mesa, sem necessidade de paralisação.
A companhia também informou que, se necessário, adotará medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações. Internamente, a avaliação é de que uma greve de curta duração não deve gerar impactos relevantes na produção, no refino ou na logística da empresa.
Mobilização de aposentados e pensionistas
Antes do início da paralisação, aposentados e pensionistas organizados pelo movimento sindical retomaram atos em frente ao Edifício Senado (Edisen), sede administrativa da Petrobras no Rio de Janeiro. Eles cobram avanços na questão dos déficits dos planos de previdência complementar, considerado um dos temas mais sensíveis da negociação.






