A disputa presidencial de 2026 começa a tomar forma, e o cenário eleitoral já apresenta um contraste evidente entre os dois principais campos políticos. A direita chega ao ano eleitoral com cinco nomes colocados como potenciais candidatos, enquanto a esquerda trabalha em torno de apenas um: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve buscar a reeleição.
No campo da direita, os nomes que despontam são Flávio Bolsonaro, escolhido diretamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro; Ratinho Júnior, governador do Paraná e figura bem avaliada regionalmente; Romeu Zema, governador de Minas Gerais que já manifestou interesse em disputar a Presidência; Ronaldo Caiado, governador de Goiás com perfil mais moderado; e Renan Santos, liderança do MBL que representa a ala liberal e busca atrair o eleitorado jovem e antipetista.
Apesar da variedade de opções, analistas apontam que a multiplicidade de candidaturas pode resultar em fragmentação do voto de direita. Com o eleitorado dividido entre cinco nomes, nenhum deles tende a se consolidar com força suficiente para enfrentar a máquina eleitoral de Lula, que permanece unificado, com narrativa estabelecida e base consolidada.
A consequência prática desse desequilíbrio, segundo especialistas, é que a dispersão de votos no campo conservador pode favorecer Lula, permitindo que ele alcance vantagem expressiva já no primeiro turno. Em um cenário de oposição pulverizada, a esquerda, mesmo com apenas um candidato, entra na disputa com um caminho eleitoral mais organizado e menos sujeito a fragmentação.



