O ex‑presidente Jair Bolsonaro decidiu que seu filho Flávio Bolsonaro será o candidato representando o bolsonarismo nas eleições de 2026. A escolha já foi comunicada ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, até então um dos favoritos a encabeçar a chapa da direita.
Para o grupo bolsonarista, a aposta em Flávio se justifica pela expectativa de que ele conquiste força política ao assumir o protagonismo como pré‑candidato, intensificando viagens pelo país e ocupando espaços no debate nacional. A ideia é que ele se apoie em governadores aliados para unificar o partido e projetar uma imagem de “previsibilidade” aos setores políticos e econômicos.
Contudo, a escolha de Flávio acende um alerta para o campo conservador. Pesquisas indicam que o senador sofre com rejeição elevada, com uma parte significativa do eleitorado afirmando que não votaria nele. Isso levanta dúvidas sobre sua capacidade de representar eficazmente a direita num eventual embate contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo nome mantém índices expressivos de apoio.
Para analistas, a movimentação interna do bolsonarismo pode facilitar a reeleição de Lula já no primeiro turno. Com Flávio como candidato — um nome frágil diante da rejeição e da falta de projeção nacional — a polarização política tende a favorecer a manutenção do atual governo, deixando a base aliada do bolsonarismo em alerta.



