Um grupo de senadores apresentou ao Senado Federal um pedido formal de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhado de uma queixa-crime por supostas irregularidades na sua atuação. A iniciativa foi liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Segundo os parlamentares, as representações se baseiam em denúncias de que Moraes teria atuado para pressionar o presidente do Banco Central em favor de interesses privados ligados ao Banco Master. Caso comprovada, a conduta poderia configurar advocacia administrativa, crime previsto no Código Penal, além de violar o dever de imparcialidade exigido de um ministro da Suprema Corte.
Além do pedido de impeachment, os senadores protocolaram uma queixa-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e solicitaram que Alexandre de Moraes preste esclarecimentos no Senado. Entre os parlamentares que assinam os pedidos estão Eduardo Girão e Magno Malta.
Alexandre de Moraes nega qualquer irregularidade e afirma que não houve atuação em favor de interesses privados. Até o momento, não há decisão sobre o avanço do pedido de impeachment nem sobre o acolhimento da queixa-crime pela PGR.
O episódio ocorre em meio a um ambiente de forte polarização política e reacende o debate sobre limites, fiscalização e responsabilização de ministros do STF, tema que volta a ganhar força no Congresso Nacional.






