O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi detido nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção (Paraguai), enquanto tentava fugir do Brasil após romper sua tornozeleira eletrônica. Ele estava prestes a embarcar em um voo para El Salvador quando foi abordado pelas autoridades paraguaias.
Silvinei foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão por sua participação na chamada “trama golpista”, relacionada à tentativa de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022.
O ex-chefe da PRF havia sido monitorado por tornozeleira eletrônica enquanto aguardava o trânsito em julgado de sua condenação, condição que permitia sua liberdade provisória mesmo após a sentença. No entanto, ao romper o equipamento e deixar o Brasil sem autorização judicial, ele tornou-se foragido, resultando na sua prisão em solo paraguaio.
Durante a tentativa de fuga, Silvinei portava um passaporte paraguaio com dados que não correspondiam à sua identidade, o que levou as autoridades a detê-lo ainda no aeroporto antes do embarque. Ele agora está sob custódia das autoridades paraguaias, enquanto Brasil e Paraguai discutem os procedimentos para sua extradição, para que ele cumpra a pena imposta pelo STF.
Silvinei Vasques foi um dos principais nomes investigados no âmbito da ação que apurou o uso da estrutura policial para interferir no processo eleitoral de 2022, incluindo operações que teriam dificultado o deslocamento de eleitores em regiões estratégicas do país durante o segundo turno.







