O deputado Cristiano Caporezzo (PL-MG) afirmou nesta quinta-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo tratado “pior que um traficante” durante sua internação para a realização de uma cirurgia. A declaração foi feita em críticas às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caporezzo esteve em Brasília para acompanhar o procedimento cirúrgico, uma correção de hérnia inguinal realizada no Hospital DF Star. Segundo o parlamentar, houve demora na autorização para que familiares pudessem visitar Bolsonaro no período pré-operatório, o que, na avaliação dele, agravou a situação emocional do ex-presidente e de seus familiares.
De acordo com o deputado, Bolsonaro deveria cumprir a recuperação em casa, em razão de seu estado de saúde. Ele afirmou que, em casos semelhantes, presos comuns costumam receber autorização para prisão domiciliar. Na comparação feita, disse que nem mesmo criminosos condenados por tráfico de drogas seriam submetidos a um tratamento semelhante ao que, segundo ele, vem sendo imposto ao ex-presidente.
A autorização para visitas de familiares foi concedida por decisão judicial publicada na tarde de quarta-feira (24), permitindo que filhos e outros parentes próximos pudessem estar com Bolsonaro durante a internação. Antes disso, o acesso ao hospital estava restrito, o que gerou críticas de aliados políticos.
A cirurgia teve duração aproximada de três horas e meia e, conforme informado por pessoas próximas, ocorreu sem intercorrências. Bolsonaro permanece em recuperação em um quarto individual, com previsão de internação entre cinco e sete dias para acompanhamento pós-operatório.
Esta foi mais uma das cirurgias às quais o ex-presidente foi submetido desde o atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo o deputado, a equipe jurídica de Bolsonaro estuda apresentar novo pedido para que ele possa concluir o período de recuperação em prisão domiciliar.
Caporezzo afirmou ainda que os filhos do ex-presidente demonstram preocupação e indignação com a situação, mas mantêm a esperança de que haja uma revisão das decisões judiciais relacionadas ao caso.






