Os Estados Unidos informaram que não enviarão representantes de alto escalão para a próxima COP30, que será realizada em Belém, Brasil, segundo fonte da Casa Branca. A decisão tranquilizou líderes internacionais, que temiam que a presença americana pudesse interferir nas negociações climáticas.
Antes do início das negociações de duas semanas da ONU, o Brasil sediará uma cúpula de líderes de alto nível, marcada para a próxima semana.
No início deste mês, os EUA chegaram a ameaçar restrições de vistos e sanções contra países que apoiassem um plano da Organização Marítima Internacional (OMI), visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo. A pressão americana levou à maioria dos países a adiar a decisão sobre a implementação de um preço global de carbono para navios por um ano.
Segundo a Casa Branca, o presidente Donald Trump já havia manifestado sua posição em discurso na Assembleia Geral da ONU, chamando a agenda climática de “o maior golpe do mundo” e criticando políticas internacionais que, segundo ele, seriam financeiramente prejudiciais aos países.
A autoridade destacou que o governo americano continua negociando acordos bilaterais de energia, buscando aumentar exportações de gás natural liquefeito (GNL) com países como Coreia do Sul e União Europeia. Recentemente, o secretário de Energia, Chris Wright, comentou sobre oportunidades de comércio de energia com a China, em meio a negociações tarifárias entre os dois países.
Trump anunciou, em seu primeiro dia no cargo, que os EUA se retirariam do Acordo de Paris, que durará 10 anos e entrará em vigor em janeiro de 2026. O Departamento de Estado segue avaliando a participação americana em acordos ambientais multilaterais.
Além disso, neste ano, os EUA também pressionaram negociações globais para limitar a produção de plásticos, buscando impedir a implementação de um tratado internacional sobre poluição plástica.
Segundo a fonte da Casa Branca, há sinais de mudança na priorização da política climática nos EUA, citando um memorando recente do bilionário e investidor Bill Gates, que defende foco em estratégias práticas e afirma que a mudança climática não representará a extinção da humanidade.







