Em entrevista exibida pela Record, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a elevar o tom contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao comentar o cenário político para as próximas eleições, Lula afirmou que, “se depender dele”, não vai deixar “tranqueira e presidiário se elegendo”, frase que imediatamente foi interpretada como uma referência direta ao seu principal adversário político.
O discurso, que viralizou nas redes, reforça a estratégia de Lula de contrastar sua gestão com o governo anterior. Ele tem adotado uma retórica mais dura para marcar posição e mobilizar sua base, insistindo na ideia de que o país “não pode retroceder” e que figuras que, segundo ele, prejudicaram o Brasil não devem voltar ao poder. O tom desafiante mostra que o clima eleitoral já começou, mesmo antes do período oficial de campanha.
A fala também aumenta a tensão entre governo e oposição. Para aliados de Bolsonaro, a declaração é considerada um ataque pessoal e uma tentativa de interferir no processo eleitoral. Já apoiadores de Lula enxergam o posicionamento como necessário diante do que consideram riscos de retrocesso institucional e político. A troca de acusações evidencia a continuidade da polarização que domina o cenário brasileiro nos últimos anos.
O impacto da entrevista foi imediato, com repercussão nas redes sociais, análises políticas e debates sobre elegibilidade, ética e futuro do país. Ao usar termos como “tranqueira”, Lula sinaliza que pretende manter a contundência em suas críticas e não deve aliviar o discurso até as eleições, deixando claro que a disputa será novamente marcada pela confrontação direta entre os dois lados mais fortes da política nacional.





