Em um anúncio que virou alvo imediato de críticas, o presidente Lula revelou a criação de duas novas universidades federais: uma voltada exclusivamente para indígenas e outra dedicada à formação esportiva. A decisão, porém, levanta um forte contraste com a realidade urgente do país — a falta crítica de mão de obra qualificada em tecnologia, engenharia e setores técnicos essenciais para o desenvolvimento nacional.
🎯 Universidade para indígenas e universidade do esporte
Segundo o governo, uma das instituições terá foco em áreas ligadas a comunidades indígenas, com cursos de saúde, línguas nativas, agroecologia e tecnologias.
A outra terá como objetivo formar árbitros, técnicos, gestores esportivos, fisiologistas, profissionais de nutrição esportiva e especialistas em medicina esportiva.
Na prática, são duas universidades direcionadas a nichos específicos — enquanto o país ainda engatinha para suprir demandas urgentes em inovação, ciência e tecnologia.
⚠️ O Brasil precisa de engenheiros, programadores e técnicos — e não ganha nada com prioridades deslocadas
O anúncio surge em um momento em que o Brasil sofre com escassez de profissionais qualificados em TI, engenharia avançada, pesquisa científica, biotecnologia e infraestrutura.
Setores estratégicos que determinam competitividade global continuam à espera de investimentos robustos — enquanto o governo decide concentrar recursos públicos em áreas consideradas por críticos como “secundárias” diante das necessidades reais do país.
A rede federal atual já opera sob pressão: falta verba, falta estrutura e sobra desafio. E ainda assim, ao invés de expandir institutos técnicos ou ampliar formação científica, a prioridade virou formar atletas e criar uma universidade dedicada a pautas identitárias.
💣 Populismo, simbolismo e o risco de mais um projeto decorativo
Para muitos analistas, o gesto tem forte carga política e simbólica — mas pouca aderência às necessidades estruturais.
O temor é que a universidade indígena acabe sendo mais representativa do que efetivamente transformadora, enquanto a universidade do esporte pode se tornar um “clube acadêmico” com baixa contribuição prática para o mercado de trabalho carente.
🤔 Conclusão
O Brasil segue carente de profissionais capazes de mover o país para o futuro. Em vez de fortalecer engenharia, TI, inovação e pesquisa, o governo aposta em projetos de impacto midiático.
A sensação geral é de que, enquanto falta remendo no casco, o governo prefere polir o convés.






