Banco Central vai encerrar o funcionamento da plataforma do Drex, conhecido como “real digital”, na próxima segunda-feira (10). A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Blocknews. O projeto, que estava em fase de testes há mais de quatro anos, passou por diversos impasses, incluindo debates sobre falta de clareza no funcionamento e preocupações relacionadas à segurança dos dados dos usuários.
Segundo as informações, o Banco Central vai desativar o Drex como ele existe hoje e iniciar uma nova base estrutural para o projeto. Ainda não há confirmação se essa nova configuração utilizará ou não tecnologia blockchain, mas tudo indica que o órgão deve abandonar a mesma solução que deu origem às criptomoedas. Isso porque a rede utilizada até agora, baseada no Hyperledger Besu, não conseguiu atender satisfatoriamente os níveis de privacidade e proteção exigidos para operações bancárias em grande escala.
Em agosto, o Banco Central já havia sinalizado que deixaria a blockchain de lado na etapa seguinte do piloto, com a justificativa de que a tecnologia ainda precisava amadurecer para um uso mais amplo. Agora, ao suspender o Drex, o Brasil se junta a outros países que também decidiram desacelerar ou até cancelar os projetos de moedas digitais emitidas diretamente por bancos centrais, as chamadas CBDCs.
Apesar do recuo nessa área, outro tipo de ativo digital segue crescendo no mundo: as stablecoins, moedas digitais que mantêm valor estável ao serem atreladas a ativos como o dólar ou ouro. Enquanto os projetos estatais ficaram estacionados, esse modelo ganhou cada vez mais espaço e uso. E você, o que acha dessa mudança? Acredita que o real digital deveria continuar ou foi melhor parar por aqui? Deixe sua opinião nos comentários.





